segunda-feira, 18 de maio de 2009

Conivência com o PECADO

Vivemos na era Contemporânea. Nossos dias são marcados pelo afastamento constante de Deus e seus mandamentos, tendo como propulsor principal o mesmo ato que afastou o primeiro homem do jardim do Éden, o PECADO.
Além de menosprezarmos o próprio Senhor da Criação, e nos "divinizarmos", homens contemporâneos, em nossa tola arrogância, nos achamos no direito de dizer o que é certo e errado. Disto resulta a falta de parâmetros e referências morais, levando nosso mundo ao relativismo* (*que é contrário a uma idéia absoluta, que prega que verdades morais, políticas, religiosas, científicas, etc, mudam conforme as épocas), construindo impérios de imoralidades e perversões, escondendo as vestes maculadas com capas de virtude e santidade, fabricando emoções de púlpito como sustentáculo de auto-afirmação, escapando da sobriedade requerida em 1Pedro (1Pe_1:13-16).
Ministérios crescem desordenadamente em nossos dias, professando uma fé falha, fundamentadas sim nas escrituras, porém falhas, que ocultam e omitem a verdade. Alguns 50%, outros 20%, e no meu ponto de vista as mais nocivas são as que omitem 0,1%. Nocivas pois omitem verdades que certamente passam despercebidas pela grande maioria, mas que podem arruinar completamente os planos de Deus, pois sabemos que um grão de fermento pode levedar toda a massa (Gl_5:9).
Temos sido indulgentes, coniventes com situações e realidades que antes eram tidas como inaceitáveis. E por que isso ocorre? Isso ocorre porque a forma de pensar contemporânea exige que o homem seja tolerante com tudo e todos a sua volta, na medida do possível, sacrificando até mesmo os princípios bíblicos absolutos do certo e errado. Em outras palavras: Estamos aos poucos nos conformando com este mundo!
Precisamos ter muito cuidado, pois Deus não muda. Assim como Ele não aceitou as folhas de figueira feitas pelo homem, não deixando o pecado impune (Gn_3:11), certamente Deus não aceitará condutas permissivistas humanas em nossos dias.
Entendo que tal conivência nasce de nossa natureza pecaminosa, herdada de Adão, que o fez rejeitar o bem e aceitar o mal quando atinge a consciência. Contudo, Deus irá mostrar sua ira ao povo que insiste em desobedecer-Lhe. (Ap_6)
Se o pecado nasce dentro de cada indivíduo, cada indivíduo deve exteriorizar seus pecados, na forma de confissão, mediante a fé em Cristo Jesus, o qual convence e conduz ao arrependimento genuíno (Mc_1:15).
Não é por outro motivo que o escritor aos hebreus nos diz que "sem a santificação ninguém verá a Deus". O antídoto contra a conivência, o remédio contra a permissividade com o pecado, sem dúvida, é a santificação. Ou seja, uma vida de contínua e progressiva separação do pecado, de permanente afastamento do mal.
Leio que os crentes primitivos tinham um testemunho tal que as pessoas não ousavam se aproximar e se misturar com eles (At_5:13). Por suas vidas de santidade, pela comunhão com o Senhor, geravam temor, respeito e estima entre os incrédulos.
Então trago a lembrança, por testemunhos narrados, que há décadas atrás, o mesmo acontecia em nossas comunidades. Entretanto, nos últimos tempos, está mais difícil presenciarmos isto. Pelo contrário, não são poucos os que fazem questão de parecerem com os incrédulos, copiando formas e métodos mundanos, aplicando-os dentro das igrejas. E não são poucos! Ao ponto de ser muitas vezes difícil identificar os crentes dos incrédulos.
Outra verdade que precisa ser examinada é quanto ao AVIVAMENTO. Certamente a conivência com, e o próprio ato pecaminoso cria um obstáculo para nossos dias em que há a dispensação da graça. É preciso falarmos da necessidade de viver separados do pecado, pecado este que nada tem que ver com costumes, tradições ou hábitos, mas que é o cumprimento da Palavra de Deus.
A permissividade traz a fragilização da família, das igrejas e da sociedade como um todo e nós, que deveríamos ser luz do mundo e sal da terra, acabamos influenciados pelo mundo pecaminoso, não mais brilhando, “piscando” cada vez mais e deixando que as trevas dominem, inclusive em nossas reuniões de adoração, bem como perdendo o sabor espiritual, tornando-se cada vez mais insípidos.
O pecado existente em cada indivíduo, portanto, numa velocidade espantosa, como um vírus, infecta toda a humanidade, gerando um quadro de corrupção generalizada. Aliás, o próprio Jesus nos adverte que os dias da sua vinda seriam semelhantes aos dias de Noé (Mt_24:37; Lc_17:36), dias que a Bíblia diz serem dias em que “…a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente…” (Gn_6:5).
O pecado domina o homem e, por causa disto, toda a organização social acaba sendo uma organização que permite, incentiva e estimula o pecado e a sua prática.
Dominada pelo pecado, a sociedade onde estamos, denominada de “MUNDO” pelas Escrituras, sempre criará circunstâncias que favorecem a prática da iniqüidade.
Ao longo dos séculos, temos visto como as estruturas criadas pelos homens na sociedade sempre estimulam e incentivam a prática do pecado, mas, nos dias em que vivemos, isto chegou a um nível nunca antes imaginado.
Nestes últimos dias, há um verdadeiro ataque aos princípios da “MORAL CRISTÔ, ainda persistentes, sobretudo, no tratamento jurídico da família. Dissemina-se a prática do divórcio, ataca-se violentamente a instituição do casamento, com a legalização e aumento crescente das uniões sem casamento entre as pessoas, sem se falar na chamada “liberação sexual”, que deu guarida e conivência com todo o tipo de prática sexual condenada pelas Escrituras Sagradas e que foi até um dos significados que teve a palavra “permissividade”, com especial enfoque no homossexualismo.
Esta permissividade no campo da família atingiu a sociedade como um todo, até porque a formação das gerações futuras ficou e ficará completamente comprometida, ante a instabilidade surgida com a multiplicidade de casamentos, com as uniões informais e com o aumento da promiscuidade sexual, que levou, inclusive, à legalização da prática do aborto anos atrás em muitos países, agora sendo pauta no congresso nacional.
A permissividade social é tanta que as igrejas são influenciadas pelo curso deste mundo (Ef_2:2), até porque está no mundo, embora não sejamos do mundo (Jo_17:11). Entretanto, a igreja é formada por salvos, que são luz do mundo e sal da terra (Mt_5:13), devendo, pois, influenciar e não ser influenciada pelo mundo.
A conivência é, portanto, a tolerância com o pecado, a permissividade com o pecado, o consentimento em pecar. Mas, o Apóstolo Pedro é bem categórico ao afirmar que devemos ser santos em toda a nossa maneira de viver. Somente pelo perdão e purificação dos nossos pecados, mediante o sacrifício de Cristo Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo_1:29), nós podemos nos apresentar diante de Deus, libertos do pecado que então nos dominava (Jo_8:36). A purificação pelo sangue de Cristo, que é contínua, a partir da nossa salvação (I Jo_1:7), justifica-nos e passamos a ter paz com Deus (Rm_5:1). Por isso, passamos a ter vestidos de justiça (Ap_7:14), vestes estas que devem ser mantidas brancas até o fim (Ap_3:4,5).

Juventude IEP
Crescendo por Cristo

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Princípios da REFORMA (Sola's)


OS 5 SOLA's da REFORMA

(REFLEXÃO e CONHECIMENTO)


Sola Scriptura – a única fonte e regra de autoridade
A base da nossa doutrina, forma de governo, culto e práticas eclesiásticas não está no tradicionalismo, no racionalismo, no subjetivismo, no relativismo, ou no pragmatismo, mas extraída e fundamentada somente nas Escrituras, porque cremos que ela é a verdade absoluta.
Cremos que a Palavra de Deus registrada no Antigo e no Novo Testamento, embora escrita por autores humanos, foi inspirada por Deus (2 Tm 3:16), de modo a garantir a sua inerrância, autoridade, suficiência e clareza. As Escrituras são, portanto, a autoridade suprema em que todas as questões doutrinárias e eclesiásticas devem ser decididas (Dt 4:2). Esta doutrina é importantíssima na preservação e purificação da Igreja.
A Escritura Sagrada é suficiente para nos ensinar tudo em matéria de fé e prática. Tudo o que nela não se lê, nem por ela se pode provar, não deve ser exigido de pessoa alguma que seja crido como artigo de Fé ou, julgado como exigência ou, necessário para a salvação. Na Bíblia o homem encontra tudo o que precisa saber, e tudo o que necessita fazer a fim de que seja salvo, e viva de modo agradável a Deus, servindo e adorando-O (2 Tm 3:16-17; 1 Jo 4:1; Ap 22:18).


Sola Gratia – a única causa da nossa salvação
Cremos que a salvação do homem não decorre de nenhum tipo de boas obras que venha a realizar, mas sim do favor imerecido de Deus (Rm 3:20,24, 28). Em decorrência da Queda, todo ser humano nasce com uma natureza totalmente corrompida, de modo que não pode vir a agradar a Deus, a não ser pela ação soberana e eficaz do Espírito Santo, o único capaz de iluminar corações em trevas e convencer o homem do pecado, da culpa, da graça e da misericórdia de Deus em Cristo Jesus (Rm 3:19,20).



Sola Fide – o único instrumento de nossa salvação
A nossa salvação não depende das nossas virtudes pessoais, nem de qualquer esforço que envolva o merecimento conquistado pelas nossas virtudes. O único meio pelo qual a ação regeneradora do Espírito Santo é aplicado ao coração humano é a fé. Nenhum homem pode ser salvo, a não ser que creia na eficácia da obra de Cristo, confiando inteira e exclusivamente Nele (Rm 1:17; Ef 2:8-9; Tt 3:4-7).
Entendemos por fé, não um sentimento vago e infundado, mas o dom do Espírito Santo, que é a firme convicção e confiança na Palavra de Deus. Pela fé o eleito de Deus é convencido da culpa e do pecado, e se arrepende e estende as mãos vazias para receber de Deus o perdão imerecido, descansando na suficiência da justiça de Cristo (Rm 5:1; Hb 11:6).



Solo Christi – o único mediador da nossa salvação
Não temos nenhum outro mediador pelo qual o homem possa ser reconciliado com Deus, a não ser Cristo, a segunda pessoa da Trindade (At 4:11-12; 1 Tm 2:5), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Cremos que a sua morte expiatória na cruz expia (satisfaz e elimina) completamente a culpa de todos aqueles que nele crêem (Rm 3:24-25), redimindo-os do pecado (Ef 1:7); e que a sua vida perfeitamente justa, santa e obediente à lei de Deus, lhe permite justificar (considerar justo) todos quantos o Pai lhe deu (Jo 6:37,39,65). Toda a obra expiatória de Cristo é suficiente para a nossa salvação (At 4:11-12; Rm 8:1).



Soli Deo Gloria – o único objetivo da nossa adoração
Cremos no único Deus absoluto soberano e Senhor da História e do Universo, "que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade" (Ef 1:11). Cremos que na obra da salvação toda a glória pertence a Deus. O fim principal do homem e da religião não é somente o bem-estar, a saúde física, a prosperidade, a felicidade, ou mesmo a salvação do homem. É, sim, a glória de Deus, o louvor da santidade, justiça, fidelidade, poder, sabedoria, graça, bondade e de todos os atributos de Deus. Deus não existe para satisfazer as necessidades do homem. O homem é que foi criado para o louvor da glória de Deus (Rm 11:36; Ef 1:6-14).[1] Toda a nossa felicidade se realiza em glorificarmos a Deus, em Cristo, que é a alegria dos homens.


JUVENTUDE IEP